sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Minha Alma Xamã





Estava em casa escutando algumas músicas xamanicas, como de costume, quando senti a presença. Ouço músicas como estas e aspiro uma conexão com a verdade que corresponde aos meus anseios íntimos. Sinto-me como se estivesse encontrado a minha própria essência, e a primeira coisa que me vem à mente e ao coração, é a pureza, espiritualidade, filosofia e arte. E graças ao “Grande  Espírito”, Tupã, comecei a sentir isso na época em que as minhas faculdades mediúnicas começaram a aflorar. Isso ocorreu logo depois que conheci a Umbanda. Sou um apaixonado por música, e sempre que ouço canções assim, sinto um prazer tão grande, que um raio de inspiração envolve todo o meu ser. Certa vez, quando comecei a perceber e captar isso, sentei-me de frente ao computador e comecei a escrever poemas, e à medida que escrevia, ouvindo composições da ama, sentia e continuo sentindo a minha conexão com esta atmosfera de inspiração poética, e com a essência espiritual que me remete a uma realidade distante deste mundo atual. Sou levado a um mundo de pensamentos elevados e encantados, como se estivesse por alguns instantes, mergulhando na atmosfera das tradições antigas, das quais um dia tivemos o prazer de vivenciarmos e sermos felizes. Talvez seja por isso que amo tanto a Umbanda.

            Normalmente quando sinto a presença, busco um lápis e um caderno para escrever, ou digito diretamente no computador. Já digitei páginas em um único dia, normalmente textos poéticos, contos e romances. É a presença em mim, é a minha alma xamã. Têm vezes que vejo e sinto a mistura das cores e o cheiro de tinta, desenhando a arte em minha tela mental, é a pintura do mundo espiritual misturada com a minha poesia, e a música do universo nos banhando em uma única sintonia com o nosso estado espiritual de se sentir bem. São as coisas que amo, e que me fazem transcender para um estado de felicidade. São momentos em que me sinto integrado com a minha verdadeira essência espiritual. É a presença em mim, é a minha a alma xamã!

           Tem vezes que me concentro tantos nessas canções, que a sensação a me envolver é de uma criança pura e inspirada, em outras me sinto em terras indígenas dançando em rodas festivas e círculos de cura, cerimônias e espirituais. Visualizo os meus pés descalços conectado a Mãe Terra. Visualizo fogueiras, xamãs velhos com suas sabedorias e ervas medicinais, homens, mulheres e crianças indígenas, rios, cachoeiras, florestas, o sol, a lua cheia e o toque do tambor batendo em minha alma, como se naquele momento tudo fizesse sentindo, e que o caminho o qual jornadeio é o único que irá trazer-me isso de volta, a conexão com o “Grande Espírito”, o conforto, a cura, a paz e a plenitude real capaz de me fazer buscar a mudança interior e a elevação. A presença em mim, a minha alma xamã. E sinto isso também com as energias dos orixás que me remetem a minha origem áfrica, juntamente com os pretos velhos, que nutrem a minha vontade de resgatar a minha raiz revivida nestes novos tempos. E assim ocorrem também com os ciganos e seus incensos, acampamentos, caravanas, musicalidade, prosperidade, terapia, beleza e espiritualidade.Todos os povos têm a sua particularidade, a Umbanda é rica, pois traz um pouco disso e muito mais.

           Anos atrás, quando comecei a escutar bhajans e mantras hindus e tibetanos, parecia que havia encontrado a minha verdadeira morada em forma de filosofia, espiritualidade e cultura. A primeira vez que adentrei nessa inspiração, em harmonia com uma forte energia de amor expandindo o meu chacra cardíaco, foi em 2008 no Hotel Intercontinental, em São Conrado, um evento com a líder espiritual e humanitária na Índia, a Amma. O local parecia o próprio oriente, com musicas e energias bastante elevadas, foi uma experiência e tanto.

           Com o tempo passei a escutar musicas xamânicas, foi demais, e escuto quase que diariamente. Basta eu colocar uma musica xamânica em casa que a ambiência muda, principalmente por perceber a presença de meu mestre caboclo, mas é preciso estar concentrado nesta força que penetra a alma, fazendo com que esta seja direcionada as coisas boas de outrora. O legal foi que na época em comecei a escutar musicas xamâmicas, sequer tinha a noção que os meus sentidos naquele momento, estavam relacionados às vivências passadas juntamente com o meu mestre caboclo, e hoje descobri que isso é uma verdade, pois fui informado pelo mesmo, e posso dizer isso com plena alegria e felicidade, que sou uma pessoa inspirada e feliz por poder conectar-me sadiamente às energias e sensações ligadas ao meu passado, uma realidade que jamais comparada ao presente, pois a vivência hoje são outras, carregadas de modernismo e ruptura da beleza que havia no passado.  É a presença em mim, é a minha a alma xamã!

           Após descobrir esse universo íntimo, e aprender uma pontinha da cultura de meu pai caboclo, que é ligado a essa culta xamâmica americana, sinto que dessa fonte todos nós somos capazes de nos conectarmos, é lógico que os mais sensíveis têm facilidades em perceber isso. Amo sentir o pulsa da Mãe Terra em meu espírito, a cura em mim, e seu solo sagrado consagrando o meu despertar espiritual. Inclusive o meu pai caboclo canta essas canções xamâmicas em uma língua que acredito ser originaria de algum povo nativo da América. Também realiza danças tribais batendo os pés no chão invocando a energia da Mãe Terra. Sentir isso tudo é bom demais, é nos conectarmos a essas noures ligadas ao nosso passado. É sentir o cheiro da terra, o cheiro de mato molhado, a alquimia do amor perante as águas das cachoeiras, que limpam a minha pedra brusca e a lapida, transformando-a na pérola que há em meu nobre coração. É o toque do atabaque, é o bate folha de caboclo. É a presença em mim, é a minha alma xamã!


Okê Caboclo! Suas bençãos.


Por Carlos Junior

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sincronicidades



Ultimamente ando realizando alguns estudos relacionados a minha percepção e experiências pessoais que interligam o espaço tempo, o universo e sua natureza. Uma analise mais contundente sobre o poder da mente e suas múltiplas funções, evidenciando à integração dos seres como o todo.



Certa vez eu conversava com um amigo quando observei que do alto de sua cabeça fluía de dentro para fora algumas linhas energéticas. Estas pareciam ondas de rádio emitindo uma freqüência, era incolor e se fundia ao vazio do espaço acima de sua cabeça. Foi à primeira vez que presenciei a maneira como nos interagimos com a natureza e com as correlações que nos cercam. Uma psique integrando o nosso emocional-pensamento e atitudes, com as correntes que parecem estar distantes, mas por incrível que pareça, passeiam em nossa frente a todo instante, todas interligadas ao universo cósmico, fazendo um elo entre qualquer princípio habitado no planeta, com os astros e toda corrente energética.


Descobrimos então o porquê do “todos somos um”, haja vista que nenhum de nós esta apartado das correntes que nos unem, nos fortalecem, ou enfraquecem, vai depender de nosso ego. Vai depender do que realmente nos propomos a ser e o que viemos buscar dentro desse mundo que disfarça ser físico, mas que na verdade é energético, pois tudo é formado por átomos, e os átomos nada mais são que partículas de núcleos muito densos compostos de energia. Uma rocha, por exemplo, aos olhos físicos percebemos que se trata apenas de algo sólido, entretanto, trata-se de uma massa de energia em uma velocidade de vibração muito alta. Enxergamos como sólida por conta da taxa de vibração em que suas moléculas se encontram. Quem não quiser pesquisar um pouco sobre física quântica, vejam o documentário “Quem Somos Nós (A toca do coelho)”, neste documentário os cientistas abordam sobre a física quântica, e se rendem ao afirmarem a existência de Deus e um mundo extrafísico, o qual chamaram de universo. Veja abaixo um trecho do início do documentário.






Assim que iniciei este texto lembrei-me do filme “Poder Além da Vida”, o filme todo é bem bacana. Os sentidos da mente ampliados pela sensibilidade espiritual, mas há uma cena em que exemplifica a ação de uma percepção extra sensorial, pelo menos uma de suas caracteristicas, onde o atleta conversa com seu mentor espiritual e este ativa sua lucidez sensorial, transcendendo seus sentidos além do limite físico, percebendo agora o que antes não enxergava, tendo mais atenção ao que se passa a sua volta. Veja abaixo.






Desde a minha adolescência, pelo menos é o que consigo lembrar, percebo a incidência das coincidências significativas, o que Carl G. Jung chamou de sincronicidades, no entanto, foi de algum tempo pra cá que notei a atuação explicita e reveladora que as sincronicidades trazem para a minha vida. Estaria eu percebendo coisas que outras pessoas não conseguem ver? Pesquisando um pouco sobre as conclusões de Jung, que desenvolveu bem o assunto, e alguns estudos feitos por Joseph Banks Rhine e posteriormente por Barbara Brennan sobre percepção extra sensorial, fui aos poucos entendendo o que se passa a todo instante em nossas vidas, sem sequer ser percebido por muitos.


A sincronicidade é algo tão fantástico que hoje me sinto seguro em afirmar certas coisas, pois não estou fantasiando ou mistificando com “viagens na maionese.” As coincidências significativas são fatos reais de investigação científica, que também não deixa de ser espiritual. Com as experiências e estudos notei que há diversas matérias que convergem para as sincronicidades, como os sonhos, deja-vus, clarividência, projeção astrais, percepção extra sensorial, ou um acontecimento externo. Podendo ser algo que envolva questões espirituais ou não. Percebi que o causador deste feito são as nossas próprias energias, que emanadas de nossos desejos e emoções por sua vez se conectam as correntes que entram em sintonia com as nossas vibrações, fazendo com que um grupo de ocorrências sem acaso cruzem em nossos caminhos, Jung definiu como um princípio de conexão acausal, uma conexão misteriosa entre a psique do individuo e o mundo físico. Eu acrescentaria também o mundo extrafísico, que por sua vez se manifesta em experiências que parecem ser fruto do acaso, mas que quando adentram nas coincidências significativas, causam admiração até ao cético descrente. Algo que podemos chamar de poder de atração, utilizando nossos sentimentos de forma a se encontrar com as sincronicidades que vem até você. Joseph Banks Rhine disse que a diminuição das sincronizações está ligada ás disposições do sujeito da experimentação. As disposições inicias de um sujeito crente e otimista acasionam bons resultados. Já o ceticismo e a resistência produzem efeito contrário, isto é, criam disposições desfavoráveis no sujeito.


Com as sincronicidades o sujeito toma consciência, transcende as questões do inconsciente coletivo e acaba por dar-se conta de aspectos que são interelacionados. O nosso despertamento consciencial faz com que as nossas energias se movimentem, sutilizando a densidade transitória em nosso campo energético, expandindo a nossa consciência que mesmo por alguns instantes, consegue observar o que há por trás do véu de maya, desta forma atraímos as experiências necessárias para o nosso crescimento e harmonia perante aos fenômenos que envolvem e unem os seres humanos ao todo.


“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta!” - Jung



Alguns exemplos e elucidações de Jung:


Pode ocorrer que alguém casualmente tenha a sua atenção despertada pelo número do bilhete do metro ou do trem. Chegando à casa, ele recebe um telefonema e a pessoa do outro lado da linha diz um número igual ao do bilhete. A noite ele compra um bilhete de entrada para o teatro, contendo esse mesmo número. Os três acontecimentos formam um grupo casual que, embora não seja freqüente, contudo não excede os limites da probabilidade. Eu gostaria de vos falar do seguinte grupo casual, tomado de minha experiência pessoal e constituído de não menos de seis termos: Na manhã do dia 1º de abril de 1949 eu transcrevera uma inscrição referente a uma figura que era metade homem, metade peixe. Ao almoço houve peixe. Alguém nos lembrou o costume do "Peixe de Abril" (primeiro de abril). De tarde, uma antiga paciente minha, que eu já não via por vários meses, me mostrou algumas figuras impressionantes de peixe. De noite, alguém me mostrou uma peça de bordado, representando um monstro marinho. Na manhã seguinte, bem cedo, eu vi uma outra antiga paciente, que veio me visitar pela primeira vez depois de dez anos. Na noite anterior ela sonhara com um grande peixe. Alguns meses depois, ao empregar esta série em um trabalho maior, e tendo encerrado justamente a sua redação, eu me dirigi a um local à beira do lago, em frente à minha casa, onde já estivera diversas vezes, naquela mesma manhã. Desta vez encontrei um peixe morto, mais ou menos de um pé de comprimento [cerca de 30cm], sobre a amurada do Lago. Como ninguém pôde estar lá não tenho idéia de como o peixe foi parar ali...” - Jung



“Lembro- me da história de um amigo estudante ao qual o pai prometera uma viagem à Espanha, se passasse satisfatoriamente nos exames finais. Este meu amigo sonhou então que estava andando em uma cidade espanhola. A rua conduzia a uma praça onde havia uma catedral gótica. Assim que chegou lá, dobrou a esquina, à direita, entrando noutra rua. Aí ele encontrou uma carruagem elegante, puxada por dois cavalos talos. Nesse momento ele despertou. Contou-nos ele o sonho enquanto estávamos sentados em torno de uma mesa de bar. Pouco depois, tendo sido bem sucedido nos exames, viajou à Espanha e aí, em uma das ruas, reconheceu a cidade de seu sonho. Encontrou a praça e viu a igreja, que correspondia exatamente à imagem que vira no sonho. Primeiramente, ele queria ir diretamente à igreja, mas se lembrou de que, no sonho, ele dobrava a esquina, à direita, entrando noutra rua. Estava curioso por verificar se seu sonho seria confirmado outra vez. Mal tinha dobrado a esquina, quando viu, na realidade, a carruagem com
os dois cavalos baios. .” - Jung


“O exemplo que vos proponho é o de uma jovem paciente que se mostravainacessível, psicologicamente falando, apesar das tentativas de parte a parte neste sentido. A dificuldade residia no fato de ela pretender saber sempre melhor as coisas do que os outros. Sua excelente formação lhe fornecia uma
arma adequada para isto, a saber, um racionalismo cartesiano aguçadíssimo, acompanhado de uma concepção geometricamente impecável da realidade. Após algumas tentativas de atenuar o seu racionalismo com um pensamento mais humano, tive de me limitar à esperança de que algo inesperado e irracional acontecesse, algo que fosse capaz de despedaçar a retorta intelectual em que ela se encerrara. Assim, certo dia eu estava sentado diante dela, de costas para a janela, a fim de escutar a sua torrente de eloqüência. Na noite anterior ela havia tido um sonho impressionante no qual alguém lhe dava um escaravelho de ouro (uma jóia preciosa) de presente. Enquanto ela me contava o sonho, eu ouvi que alguma coisa batia de leve na janela, por trás de mim. Voltei-me e vi que se tratava de um inseto alado de certo tamanho, que se chocou com a vidraça, pelo lado de fora, evidentemente com a intenção de entrar no aposento escuro. Istome pareceu estranho. Abri imediatamente a janela e apanhei o animalzinho em pleno vôo, no ar. Era um escarabeídeo, da espécie da Cetonia aurata, o besouro-rosa comum, cuja cor verde-dourada torna-o muito semelhante a um escaravelho de ouro. Estendi-lhe o besouro, dizendo-lhe: "Está aqui o seu escaravelho". Este acontecimento abriu a brecha desejada no seu racionalismo, e com isto rompeu-se o gelo de sua resistência intelectual. O tratamento pôde então ser conduzido com êxito. Esta história destina-se apenas a servir de paradigma para os casos inumeráveis de coincidência significativa observados não somente por mim mas por muitos outros e registrados parcialmente em grandes coleções...” - Jung




No inicio de minhas pesquisas de auto-analise, eu pude perceber que eram acontecimentos externos, ou seja, eram sincronicidades que vinham de fora para dentro, como por exemplo: hoje eu conheço uma pessoa que fala sobre “A” (assunto), em seguida recebo um telefone de um amigo que também fala sobre “A”, então chego em casa e ligo a televisão, e coloco justamente em um canal que esta passando um documentário que fala sobre “ A”, no dia seguinte vou a casa de um amigo, e este me empresta um filme-documentário, que também fala sobre “A”. Então procuro ler e pesquisar sobre este “A”, e aos poucos percebo que este “A” tem tudo haver comigo. E não para por ai, este “A” também responde à algumas indagações que haviam em mim. Também ocorre deste “A” responder à algumas indagações que ainda virão, uma espécie de precognição de eventos futuros.





Mais tarde, atualmente, com o afloramento de minhas capacidades mentais motivadas pelo meu desenvolvimento mediúnico, tais sincronicidades se tornaram rotineiras em minha vida. Sempre ocorre de forma fantásticas e surpreendentes, de forma a não restarem dúvidas, como a maioria é de cunho pessoal, não poderei descrevê-las neste espaço, todavia, para terem uma idéia, há casos que ocorrem comigo em que mais de dez sincronicidades estão presentes.


Comecei também a notar a influência de minha percepção extra sensorial, ao ponto deu conversar com uma pessoa, seja pessoalmente ou por telefone, incide mais quando é pessoalmente, devido o acoplamento áurico, e simultaneamente logro em captar sensações e partículas de sentimentos que traduzem algum tipo de informação. Eu pensava que eram meras criações mentais, fantasias exageradas e achismos de minha parte, sendo que o poder das sincronicidades entraram em ação, e no decorrer dos dias uma série de casos, dois ou mais, se passavam perante os meu olhos, o que não restavam dúvidas sobre a veracidade de minha percepção.


Há momentos em que eu chego até a “brincar” com a sincronicidade, por exemplo: Eu percebo algo de alguém, e antes que este alguém fale sobre o que estou sentindo, eu mentalizo: “Se essa pessoa falar sobre a planta....”, em seguida a pessoa fala sobre planta. Não se trata de um processo de adivinhação e sim uma assimilação energética, onde ampliamos as nossas energias mentais (dilatação da aura, expansão da consciência...), e adentramos nas energias da pessoa assistida. E com a força do discernimento e auto-analise traduzimos o que é captado. Dependendo do caso, algumas sincronicidades surgem posteriormente para confirmar o ocorrido.


Seguindo com minhas analises, notei que as sincronicidades também começaram a ocorrer com as minhas projeções da consciência (experiência fora do corpo físico, viajem astral, desdobramento...). Eu me desdobrava e me via envolvido em alguma assistência espiritual, lugares com suas histórias, depois, durante os dias as sincronicidades confirmavam as veracidades. Para aqueles que nunca tiveram uma experiência lúcida fora do corpo físico e não entendem nada sobre o assunto, fiquem cientes que durante o sono físico todos se desdobram, mas poucos conseguem ter lucidez para ver e se recordar do feito. Ás vezes as lembraças surgem durante os sonhos misturados com imagens oníricas.


Eu tenho experiências que variam bastante, por exemplo: Eu tive uma experiência em que fui parar em uma favela, desconheço o lugar, chegando no local eu me deparei com uma casa, havia o numero “8” na entrada, número este que sempre surge em minhas sincronicidades. Ao adentrar na casa eu me deparo com uma família, uma mãe, o pai e cerca de quatro filhos, fiquei admirando aquela família em seu ambiente rotineiro, conversas, conselhos, choros, discussões... Neste instante entra em ação a minha percepção extra sensorial. Então comecei a sentir algo prazeroso e surpreendente, parecia que aquela família estava encarnada e morando neste presente em alguma favela, entretanto, nunca havia visto aquelas pessoas e o lugar. Então notei que o meu emocional, que sempre se conecta as experiências, estava totalmente ligado àquelas pessoas, foi então que percebi tudo, aquelas pessoas foram meus familiares em outras vidas, e dentro desta experiência eu vi duas cenas que envolvia o meu passado com aquelas pessoas, uma delas foi a morte de minha irmã, não posso afirmar ao certo, que foi assassinada a tiros por causa do pai, que no instante em que pixava e furtava objetos de um carro a noite em companhia de minha irmã, que aparentava ter uns cinco anos de idade e permanecia escondida atrás do carro sem entender nada do que ocorria, apenas amava o pai e queria estar sempre ao seu lado. O dono do carro surgiu na hora e efetuou os disparos, acertando esta criança que veio a desencanar. Inclusive assisti ao desespero e os choros da criança em espírito fora do corpo físico. Foi mais ou menos isso que consigo lembrar. Essa experiência foi rica e cheio de lições, como ouvir conselhos, aprender sobre os conceitos de família, e descobrir que de certa forma é possível nos sintonizarmos com espíritos e histórias afins, sempre visando à reforma íntima e o crescimento do espírito, aprendendo a lhe dar com as situações de nosso presente de forma mais perceptiva e sensível.


O que isso tem a haver com as sincronicidades? Simples, é que tudo leva as sincronicidades, a experiência supracitada, por exemplo, em uma das sincronicidades eu descubro que aquilo só ocorreu porque em uma das minhas orações eu pedi para entrar em contacto com espíritos familiares. E não para por ai! Com as projeções astrais descobrimos que o que antes parecia ser fantasias, encontradas somente em filmes de ficção cientifica e super-heróis, na verdade é uma realidade tão presente que muitos nem se quer tem ideia.



Crônica do terreiro


Imaginem só! Poderíamos dizer que um dirigente de um terreiro de Umbanda seria o professor Xavier, o terreiro a sua escola para os médiuns super endividados, os obsessões seriam a vampira, o mago negro Magneto, e nós seriamos os mutantes deste x-médiuns, cada qual com sua paranormalidade buscando o auto- reconhecimento, o resgate do karma que um dia irá nos curar, a evolução, a caridade, e porque não a abertura da consciência cósmica? Para finalmente ajudarmos o planeta e toda mônada habitada no processo de sutilização, a fraternidade universal erguida.



Com as projeções astrais é possível conhecer lugares do presente e de nosso passado, conversar com Guias espirituais, desenvolver capacidades como a percepção extra sensorial, apreender, pesquisar...


Ultimamente identifiquei em mim outro fenômeno que também me conduz as sincronicidades, trata-se da clarividência, ocorre da seguinte forma: Sempre que deito na cama e relaxo o corpo, as imagens começam a surgir em minha tela mental. Ocorrem em estado de vigília, bastando somente estar deitado e relaxado. A minha média é de uma imagem clarividente por dia, ou seja, é raro haver um dia em que não ocorroam tais fenômenos, pois ocorre diariamente. Eu até apelidei um tipo de clarividência que constantemente ocorre, a denominei de “clarividência do dia seguinte”, ou “precognição do dia seguinte”, que ocorre da seguinte forma, no dia tal deito e relaxo, então assisto algumas imagens relacionadas a minha vida, e no dia seguinte as sincronicidades entram em ação, o conteúdo revelador e reflexivo das imagens se materializam no dia seguinte.


“Em alguns casos o acontecimento externo ocorre primeiro e o significado subjetivo, interior, vem sem eguida. Em outros, a coincidência significativa é entre uma imagem interior, como um sonho, e um acontecimento externo, subseqüente. Contudo, o princípio de ligação interior e exterior é o significado do acontecimento para as pessoas envolvidas.” Yung



Contudo, pude entender com as experiências pessoais, que nem tudo dentro das sincronicidades são influências espirituais, pois esta é mais uma das possibilidades que também entram em confluência com as sincronicidades. Percebi que o gerador e causador destas coincidências significativas são as nossas energias, os nossos desejos focalizados e equilibrados, pois os desejos desequilíbrios atrapalham as experiências.


Dentro deste assunto ora abordado tive uma noção empírica do que seja perceber o que é essencial ao coração, e que os olhos físicos não conseguem ver, pois a alma se sente sufocada pela ausência de boas condutas que sutilizam os nossos corpos sutis, que por sua vez faz que percebamos com mais lucidez essa ferramenta divina fornecida pelo universo, que são as sincronicidades, uma força magnética que são atraídas pelas correntes de nosso ser. Uma realidade que a todo instante cruza em nossos caminhos para ajudar-nos em nossas batalhas e desafios íntimos, sem sequer darmos conta disso.


“O que posso lhe garantir é que quando este estado alterado ocorre, e você percebe os sinais, como "se os anjos estivessem brincando com você", significa que uma "magia" está estabelecida, e você pode e deve continuar no caminho em que está, lançando mão de sua intuição. Isto marca um momento de caminhar sob as águas, e você conseguirá, até duvidar e novamente afundar.” Lázaro Freire


É verdade pura, parece que tudo se torna síncrono de forma mágica, você sente até vontade de duvidar, mas não há como, eu teria que ser cético demais para não acreditar nesta magia que bate em minha porta me mostrando quais caminhos a seguir, e o que é possível alcançar com tais decisões. Esta magia nos mostra que há algo a mais, e que estou em sintonia com essa energia que se conecta a boa sensibilidade lapidada. Indicando que nós mesmos ainda não descobrimos o potencial que há em nosso eu, pois somos mais do que conhecemos sobre nós.


Captar as sincronicidades significa modificar o nosso estado, passar de mero observador para habitante do mundo energético, em resumo seria o mesmo que estar nesta rede energética e ter ciência disso, absorvendo novos paradigmas, e quando isso acontece, conseguimos dar mais um passe a frente rumo a evolução, pois temporariamente vencemos o limite do inconsciente coletivo, do maya, do ego limitando a consciência, pois agora estamos mais despertos, sabedor do mundo onde vivemos, e qual o nosso papel perante todas essas energias que compõem diferentes estados manifestados em formas ilusórias em nosso planeta.


As sincronicidades faz com que olhemos o mundo de cima, faz com que percebamos que tudo é estático e ao mesmo tempo transitório, uma realidade da manifestação ilusória dentro deste sonho lúcido chamado vida.


“Jung afirmava que temos quatro funções básicas: razão, emoção, sensação e intuição. No nosso ser, geralmente uma delas é predominante. Mas quando trabalhamos internamente na direção do equilíbrio, uma nova função é acrescentada: a sincronicidade.”



"O universo tem uma lei, uma harmonia, que às vezes desconhecemos. Choramos quando algo muda e foge de nossas mãos. Não deixamos as mudanças ocorrerem, seguramos a vida.
Quando finalmente aceitamos que o desenho da nossa vida não nos pertence e que existe no universo uma trama de fios mais grandiosa e complexa, tudo muda... Ficamos mais atentos aos sinais que nos mostram os caminhos da ação correta, a ação que aceita e se entrelaça amorosamente com os desígnios divinos.
Enfim, nos submetemos _ não somos mais um ego que tenta controlar tudo a qualquer custo. Finalmente cedemos, e mudamos." Yung



Acrescento que nem sempre consigo decifrar todas as sincronicidades. De vez em quando uma ou outra escapam de meu nível perceptivo.


Por exemplo: As sincronicidades apontam-me para “A”, mas este “A” não corresponde a minha realidade percebida por intermédio de minhas energias extra sensoriais cobertas de sincronicidades. Por mais que ela incida, eu não obtenho respostas junto à realidade.


Fico imaginando como seria a vida em um planeta mais adiantado, os seres que habitam nestes mundos possuem uma capacidade mental avançada, são capazes de trabalhar e entender as sincronicidades de forma natural e rotineira. Faz parte de sua natureza.


Já em nosso planeta, poucas pessoas conseguem identificar as sincronicidades e traduzi-las para as melhorias de nossas reformas e alívio nas provações.




Sincronicidade quer dizer harmonia, uma sintonia entre todas as energias que nos cercam e faz com que sejamos mais puros e sensíveis a esta globalização energética que integra todos a suprema inteligência criadora do universo, Deus.



Quando dizem que a vida é uma escola e que são nas vidas sucessivas experimentas pela reencarnação, que verdadeiramente aprendemos, crescemos e nos preparamos para uma vida futura melhor, a sincronicidade esta ai e prova que isso é possível, só basta percebê-la. Com ela aprendemos a nos conhecer, a conhecer os seres vivos e suas camadas de arquétipos e energias concienciais. E quem sabe nos habilitamos para um futuro onde as sincronicidades seja o oxigênio de nossas mentes, pois estaremos com a consciência expandida e desprendida de ego.





E se vocês acham que não existe neste mundo um espírito sequer desprendido de ego? Para quem não conhece, procurem saber um pouco sobre Sathya Sai Baba, entre outros que já passaram por aqui. Segundo Joana de Angelis, mentora espiritual de Divaldo Pereira Franco, Sai Baba é o único espírito ainda encarnado totalmente desprendido de ego, de Eu, é um espírito iluminado que transcendeu as questões do maya. Quando as pessoas se ajoelham para beijar os pés de Sai Baba, não estão beijando o ego, e sim a luz que tem ciência que és Deus. “vós sois deuses” - Jesus. Uma fonte de inspiração para os desatentos que pensam em deixar o agora para depois. O depois dependera do agora, e o que estamos fazendo agora?Já pararam para responder a esta pergunta? Não me dica que estão apenas vivendo e empurrando tudo com a barriga? O agora é onde tudo realmente é possível, é a energia que entra em ressonância com aquilo que praticamos no presente repleto de sincronicidades, e que refletira em nosso futuro sem desculpas.



Fiquem atentos aos sinais, aquela música que tocou nos locais onde se encontra que responde às perguntas de si mesmo, as notícias de jornal e revista, os animais, os lugares por onde esteja em que há objetos, circunstâncias e ambientes que fazem você pensar em alguém ou algo, os números que você viu repetidamente durante o dia( o numero da poltrona onde você sentou durante a viagem realizada, hotel, casa...), o e-mail, o scrap no orkut, o telefonema, as frases escutadas nas ruas, seja de um amigo , ou de alguém que bate papo com uma outra pessoa ao seu lado, sendo inevitável escutar algo, mas que oferece sinais a você.





Quais são os sinais que a vida "fala" para você (objeto, música, número, lugares, palavras)? De onde surgem os sinais, no seu inconsciente ou nos acontecimentos ao seu redor?



"É errado, portanto, censurar um romance que é fascinante por suas misteriosas coincidências (...) mas é certo censurar o homem que é cego a essas coincidências em sua vida diária. Pois sendo assim, ele priva sua vida de uma nova dimensão de beleza"

(A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera)









P.S. Vou contar sobre o que ocorreu neste sábado dia 07 de Novembro. Na parte da noite eu pensava em tudo menos assistir a um filme, pois estava muito calor e eu não queria ficar em casa, então fiquei na rua onde moro conversando com amigos, depois fui a um pagode em uma praça próxima a minha casa com um amigo, um grupo de amigos tocavam lá, permaneci por 30 minutos, depois eu entendi o porque deu ter ficado pouco tempo. Passei na padaria e comprei pães, em seguida retornei para casa, no caminho de volta passo em frente a uma locadora, posteriormente percebo que a minha ida ao pagode e a minha passagem pela locadora não foram frutos do acaso. Ao passar por esta locadora, senti uma forte vontade de adentrar e alugar um filme, mesmo sem ter a certeza que iria assisti-lo naquela noite. Assim que entro os meus olhos se voltam justamente para o filme “Quem quer ser um milionário”, que eu juro não saber da história, apenas sabia que se passava na Índia, e que era sobre alguém que queria ser milionário. Eu sempre quis alugar este filme, mas quando resolvo o mesmo sempre está alugado.



Cheguei em casa e larguei o filme no sofá, e fui para rua conversar com amigos, e por volta dás 22:00hs eu decidi que iria ficar em casa para assistir o filme, tomo meu banho, peço uma pizza e começo assistir o filme. Para a minha surpresa e admiração, o filme todo retrata exemplos de sincronicidades. Jamal Maliki, um rapaz que reside em uma favela na cidade de Mumbai na Índia e trabalha servindo chá em uma empresa, resolve participar de um programa de tv, um “Show do milhão indiano”, onde concorreria a 20 milhões de rúpias. Jamal não tinha estudo e nunca lera livro algum, mas motivado pelo amor que sente por Latika, focou sua vontade para conseguir ganhar esta quantia, pois só assim conseguiria conquistar o seu amor, Jamal então recebe uma forcinha das sincronicidades, todas as perguntas feitas pelo apresentador foram acertadas por Jamal, que foi contemplado com as sincronicidades ocorridas durante a sua vida, desde a infância até o presente. Às perguntas feitas foram justamente as ligadas a sua vida passada, tristezas, alegrias, angustias, solidão...



Desde pequeno insistia com este amor que nunca pode ter, e por ser um rapaz de bem, puro e sensível, Jamal movimentou suas energias e recebeu uma ajuda das sincronicidades para conquistar o seu amor e o premio.



Tinha que ser um filme Indiano, é uma adaptação às telas do best-seller indiano “Q & A”, de Vikas Swarup – batizado posteriormente de Slumdog Millionaire (e por aqui Quem Quer Ser Um Milionário?)

Vale a pena conferir!







Por Carlos Junior






sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Perdão, Danos e Mudanças


De vez em quando temos o costume de nos ligarmos somente às sombras do ego, no estado particular de querer se importar somente com a parte ruim das nossas emoções, carregadas de individualidades e energias egoísticas aprisionadas em nosso ego coitadinho, fragilizado e acorrentado pelas energias da cólera que não pensa em outra coisa que não seja revidar e ofender o ofensor, ou simplesmente ficar de cara feia e não perdoar e pronto, realmente o perdão vai mais além, não esta relacionado a esquecer e deixar pra lá, rompendo qualquer tipo de vinculo com a pessoa envolvida, perdoar na minha concepção e experiência pessoal, seria harmonizar o chacra do coração, ou seja, desfazer qualquer tipo de energia que insiste em desequilibrar, como a raiva, o mau humor, ciúmes, intrigas, desconfortos espirituais, birra...Não é fácil, mas eu juro que tento e sigo tentando, até hoje funcionou, todavia, sei muito bem que há determinados tipos de experiências que causam dores muito mais profundas, como a traição de um ente próximo, eu nunca passei por isso, pois sei que perdoar da boca pra fora é uma coisa, e o rombo que gera no ego é uma dor profunda, mesmo assim acredito que há como perdoar de coração, mesmo não sendo possível de pronto equilibrar as emoções para a tomada da decisão imediata, que poderá ser equivocada quando envolvida por fortes emoções de sofrimento, dor e desapontamentos gerados pela decepção.


Já que é tão difícil assim vencermos as nossas imperfeições, não seria mais fácil ao invés de revidarmos sentarmos em um canto qualquer e refletirmos? Buscando a voz do alto (dos nossos amados mestres espirituais) que sempre nos consola, ou talvez chorar deitado na cama e minar esse sentimento, ou escutar uma boa música, desabafar com um amigo, passear pela praia, pelos lugares, e temporariamente confundir a mente com distrações que alimentam a nossa auto-estima. Sei lá, façamos qualquer coisa! Dançar, sorrir, morder um osso, comer chocolate, pizza, reclamar com preto velho... Pense em tudo, menos no ego ferido que fecha seus ouvidos para os terapeutas dos dias (trocador de ônibus, caixa da padaria, biriteiro do bar da esquina, o português da quitanda, o jornaleiro falante, o ambulante que continua no mesmo lugar, a dona fifi que faz segurança na rua, a turminha dos velhos que todos os dias fala de política, sinuca, caça níquel, jogo do bicho, baralho, cachaça e futebol, menos de Jesus e mulher bonita, os colegas do trabalho, mãe, pai, o amigo do orkut-msn, o metido a escritor de blogs, o guardador de carros, o feirante, o vendedor de ervas, o pedreiro, o dirigente do terreiro, o fankeiro que só fala de morro e bandido, até o cachorro que empresta o ouvido). È preciso ser o poliglota da boa malandragem e aprender com tudo, se virando nos “30”. E se isso não for possível, de tempo ao tempo, confiando na oração e seu remedinho que é o novo dia, um novo sol, um após o outro, até secar e evaporar a amargura que é essa energia negra que bloqueio a essência pura do coração. Não esqueça dos passes e dos banhos de erva heim! risos

Sei que é difícil, veja só um exemplo?
Pede para alguém continuar amando o causador de seus tormentos?

E se o amor for uma palavra muito sublime, então peça para alguém respeitar, compreender, tentar gostar, ou conviver fraternalmente com a pessoa que não vai com a sua cara? Duvido que alguém pense em se aproximar, em se retratar, em orar pela aquela pessoa, já que ela é a “origem” de suas emoções embriagadas pela revolta. Tudo isso ocorre por um simples motivo, não estamos acostumados a praticar atos que desenvolva e equilibre o chacra do coração, há pessoas, e eu me incluo, que embora tenham conseguido superar, aprender e conviver com posturas de terceiros mais complicados, ainda não procuraram viver e sentir a energia mais pura do coração, que fornece a informação necessária para o cérebro determinar como será a nossa reação perante o externo que agride o nosso ego despreparado ainda atrasado, um ego a qual eu chamo de “coitadinho”.


Lembro-me dos ensinamentos de Buda, que fala sobre a impermanência, a mudança que todos os seres estão sujeitos, dizia que quando a gente muda tudo lá fora muda, ou as pessoas acompanham as nossas mudanças, ou alguma corrente ira aproximar você aos ideais de sua mudança, é por isso que não conseguimos mudar ninguém, são as pessoas que se inspiram em nossas mudanças e mudam também, isso eu pude comprovar em minha vida particular cheia de tropeços e acertos.

“É possível compreender a mudança como algo universal a todos os fenômenos quando se percebe que nenhum deles é autônomo. Todos os fenômenos dependem uns dos outros; portanto, quando um se transforma, todos mudam”

“Uma vez convencidos de que todas as coisas mudam, podemos utilizar tal informação de duas formas: empregá-Ia em nossa preparação para aceitar o inevitável, e para nos inspirar a ter uma atitude esperanço­sa e positiva em relação ao futuro”

“A maioria das pessoas ficam deprimidas ao contemplar a verdade da impermanência, porque pensa apenas no fim das coisas boas. Entre­tanto, assim como coisas positivas podem se transformar em negativas, estas transformam-se em positivas. A mudança nos livra de situações difíceis, alivia-nos de preocupações. É o processo pelo qual podemos nos transformar em budas. Sem mudanças, nunca evoluiríamos”


Compreender a estrutura do ser humano é o ponto fundamental para perdoarmos com mais facilidades, sempre haverá pessoas em nossos caminhos que nos causarão descontentamentos, irritações, tormentas, falta de paciência, raiva...Desta forma continuo acreditando que devemos entender as limitações de cada ser humano, expandindo e resolvendo as nossas.


Quem se encontra em um estágio de consciência mais avançado sempre será testado de acordo com suas limitações e progresso, quem não se encontra também será, a diferença esta na preparação, na mudança, e no desejo encorajado e esforçado em querer revirar e limpar a sujeira que furta o brilho do diamante do coração danificado. O mais preparado tem o dever de entender os erros alheios, como a traição, ofensas, brigas, ingratidão e tudo mais pertencente ao pacote das brumas umbralinas de nossa consciência. O mais adiantado precisa entender a mente mais viciosa e ignorante, caso não seja possível, eu aconselho começar com um tratamento intimo invocando a luz violeta de Nanã Buruquê, para transmutar ou amansar o cão feroz, o “coitadinho”, com a mudança do agir, sentir, e arriscar a evolução, o perdão de nós mesmos.

Por outro lado acredito que aos perdoamos, optamos por complexas escolhas, como um perdãozinho extra pós-raiva, que seria verificar a possibilidade de ingerir o que passou e dar uma segunda chance a pessoa ativa, caso isso seja possível, caso contrário, cada um siga o seu rumo, pois não somos obrigados a conviver com ninguém que não queiramos, entretanto, perdão é lei maior, logo temos o dever de sabermos perdoarmos de coração, não guardando qualquer tipo de resídio sentimental inferior contra o ofensor.

Bom, essas são as minhas dicas, e que tem me ajudado bastante, ainda estou aprendendo, crescendo, e sendo testado, muito testado! Principalmente com as emoções que me tocam mais fortemente. Harmonia é tudo nesta vida cheia de gente boa, mas lotada de gente complicada e ingrata. Difícil realmente é, mas não impossível, e se ao menos retornarmos aos céus dos espíritos, a vossa verdadeira origem, com as sacrificadas medalhas das mudanças significativas, veremos então que essa encarnação valeu a pena, pois não servimos apenas de meros expectadores escravos do ego, fizemos as coisas acontecerem, não permanecemos rebaixados na segunda divisão, vestimos a camisa do time vencedor e enfiamos a mão na massa cinzenta do “coitadinho”, virando o jogo, querendo realmente fazer parte desta partida, sem marcar gol contra, apenas sacudir a rede das emoções que guardam o perdão que deixa a bola da alegria entrar.

Perdão é lei divina, é a lição dos preto velhos, o amor das crianças, a garra do cabloclo, a ação do exu, e a responsabilidade do ser humano. Todos termos a obrigação sem forçar o coração de praticarmos o perdão, de perdoar e sermos perdoados, por mais que insistamos em não aceitar ser o amor que reside em nosso eu.

Ps: Esse seria um comentario que eu iria deixar no blog da Família CUCA, não era para ser um texto, mas como alonguei com as palavras, acabou se tornando e não deu para postar no blog do CUCA no assunto "Perdão".
http://familiacuca.blogspot.com/

Um Sarava de Amor a Todos!
Por Carlos Junior

domingo, 30 de agosto de 2009

Um Amigo do Oriente



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No âmago de palavras saltitantes

No arcabouço das idéias advindas

De meu estado de gratidão extravagante.

Selecionei essas pequenas e únicas pétalas

Crescentes em meu silêncio contemporâneo

Que sensibilizou o pensamento estanho.

Com atitudes simplesmente ligeiras

Homenageio um amigo valorizado

Em cada instante ao meu lado,

Sem exagerar em com a cautela

Precipitada em se falar de algo.

Chamaria de agradecer a um amigo

Que muito ainda tenho a conhecer.


Sem delongas lançaste

Um arquétipo sem regras

Sugando a perseverança.

Não falo da minha esquisitice

Atolada no limite

Amigo caseiro sem fronteiras

Acostumado a prosear com meus palpites.

Falo da sua certeza em mim,

Nas alegrias que dão bom dia

Nas tristezas que dão boa noite.

Nas ocasiões da vida à parte

No descarte das emoções

Mal amadas a melindrar as sensações.

No dharma sem tréguas

Figurado no drama das lamentações

Descortinadas pelo livre ser somente ser.

Sei que andaste no redor

Fazendo o que eu jamais merecia

Se fosse um perseverante ruim de pontaria.

Um ateu sem rumo desconhecedor

Da partida que não adia,

Curva-se adiante de meu chão

Em brasas e corro em direção

Ao que antes não via

Nos degraus que hão de muito ensinar.


Sem delongas mostraste

O pedaço do tudo distante de minhas mãos

Latentes a buscar o vento perseverante

Carregando uma alma inspirada

A voar sobre as montanhas

Contornadas pela minha merkaba livre e perfumada.


Não sou e não serei uma pedra frouxa

Instável as tempestades a lamuriar rachadura.

Mas a todo instante pareço macaquear

Um canteiro morto pela falta do estímulo

D’água perdido a encontrar abertura.

Desavisado nunca e nunca!

Seu longo cajado acompanha as viagens

Da alma sem desistir do nirvana

Que sopra fé em nossas lutas,

Seus braços erguem-me feito Durga

Como um conto de amor Saraswati

Num poema faceiro estilo Sutra.

Assim confesso meu velho do turbante,

Pois a nossa convivência ensina

A ser o que é preciso ser

Sem esmorecer com a flecha perfurante.

E caminho comigo mesmo

Sendo um aventureiro amante

Nas expedições do pão que

Alimenta a mente latente

Gravada na rocha védica do oriente.


Enquanto nada faço você inspira

Algo que preencha o espaço preguiçoso

Choramingado que avassala

O meu estado feudo.

Equilibrando o lado direito

E esquerdo ainda com medo.

Risquei o fósforo inocente

E búdico que dormia

Ao lado de sua família.

Encostei-os nos fios de

Cabelos tênues das duas irmãs

A fortalecer a fé sequelada.

Tipo alma penada ainda encarnada

A sentir o calor arder e morrer

Chorando até derreter.

Na certeza evaporada e conjugal

A noivar com a luz do Oxalá paternal,

Uma vela acesa em cada lado do congá

Antes apagado sem vontade e sem carnaval.

Abracei e senti o amor desse amigo

Curador que risca um fósforo

Erguendo as cores do amor

Na caverna escura que fala mal

Num peito afogado e sem sal.

Viajante das estrelas

Um brilho da Fraternidade Universal.


Um amigo e suas lembranças de outrora,

Da passagem pela Mãe África antiga...

Onde migrou feliz com sua gente...

Após a submersão de seu saudoso continente.

Lá retornou em várias vidas sucessivas

E se tornou o ancião da cura das feridas.

No passado antes desses tempos de África,

Antes desses tempos desérticos,

Nos templos de sua terra.

Desenvolveu e ampliou a mente

Com suas causas e efeitos comummente...

As antigas tradições tribais e sacerdotais.

Conheceu as sete leis universais,

Alimentou-se dos conhecimentos oriundos...

Da cosmogonia Africana com seus Orixás,

Do Egito com suas dinastias e seus faraós.

Da cosmovisão embarcada e vivida na antiga Índia.


Amigo Ancião!

Sua presença conforta os dias diversos

Enquanto espalho por ai um pouco

Da cura e sabedoria da Mãe Tara,

No coração o suave cantar da citara

Om Mani Padme Hum...

Veio dos céus de Avalokistevara.

Canção que embriaga o amor verde

Maha-mata iluminada pela beleza

Da menina Caboclinha Sidarta junto a Tupi,

Deslizando seus cabelos na cachoeira

Ao som da flauta Bansuri.

Deslumbrei o ritmo contagiante da menina cigana

De sari rindo e namastê krishna e Devaki.

Cantando e dançando ao som do coração

Espelhando purpurina de luz rosa

E dourada sem solidão.

Tablas, Erhu, Hamonium...

Todos tocam em minha alma

Sorridente o coral do equilíbrium...

Mentor e Mentora da família entoam AUM.

Oriente que vem de lá

Do amor das estrelas que voam.

Venha nave mãe flamejante sarava

Oxalá...Xangô e Nanã ouvindo o canto nessa lagoa,

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E beije os orixás e sua doce Oxum que ecoa.


Jamais negarei estender as minhas mãos

A jorrar um pouco deste amor aos

Ansiosos pela libertação,

Assim retribuo o que convém

Nos ambientes por onde passo

Seja mentalmente ou sacudindo os

Chacras que brilham em meu espaço.

Onde estarei nunca saberei,

Esse amigo ensinou-me a

Ser o amor em todos os cantos,

Seja no terreiro, nas festas, nos passeios...

Nas viagens, no trabalho, dentro de casa

Sem ninguém fisicamente falando.

Realmente percebo que carrego

Algo bacana que se une

Ao amor deste amigo médico

Sem título acampado em minha casa.

Muitos esforços de minha parte

Pois nada veio de graça.

Então sigo ao seu lado

Vivendo cada momento

Nos desafios da provação.

Felicidades em tê-lo ao meu lado,

Sigo firme nos ideais divinos,

E serei sempre o que me ensinaste a ser,

A continuar na luta,

A ser a verdade em acontecimento

Vivendo sempre com este amor

Hospedado na essência de um coração desenvolvido.

Ps: HTML clipboard Com palavras simples e da forma como gosto de expô-las, resolvi contribuir com uma breve homenagem a um amigo espiritual do oriente que tanto tem me ajudado, não só ele como toda minha família espiritual, aos poucos homenagearei um por um, mas resolvi falar um pouco dele por se tratar de ser o meu Mentor espiritual, ele me ajuda tanto que chego a me sentir envergonhado, sua presença em minha vida é algo que me impressiona, na verdade eu o considero como um membro de minha família, pois diariamente comparece em minha casa e me doa energias e sentimentos de amor fraternais, me convidando para as viagens astrais fora do corpo físico nos trabalhos de assistência aos irmãos necessitados, e nas projeções que me trazem aprendizado nas escolas extrafísicas, um amigo que não precisou falar a respeito, pois me levou pra conhecer e sentir o que significa a lei divina chamada "Fraternidade Universal", um amigo que me prepara com um desenvolvimento voltado para o corpo mental e a bioenergia curativa.

E o que mais me impressiona é a sua forma de me ajudar com as minhas dores, um passe seu faz com que as dores se diluam em uma água corrente, o que demoraria muito tempo para eu me recuperar, é curada e equilibrada no instante em que recebo um abraço desse amigo.

Não haveria como agradecê-lo, pois nos últimos dias passei por alguns pequeninos problemas emocionais que se tornaram grande, e diante de minhas dores me deparei com este amigo espiritual que não arredava o pé de minha casa enquanto eu não me sentisse bem.

A sua presença é tão intensa em minha vida, que no instante em que levanto da cama de manhã cedo, já recebo uma dose de energia deste amigo, que a todo instante me incentiva a não perder a esperança, e jamais deixar de acreditar em meu amor, não importa as dores e seus adeptos, pois tudo faz parte, o que muda é a forma como nos comportamos, agimos e pensamos perante as emoções que fazem parte deste processo, devemos procurar novos rumos consciênciais para continuarmos de pé sem esmorecer com a flecha perfurante, que a todo instante perfura a nossa alma com as dores dos desequilíbrios que flutuam em nossa terra planetária.

Um amigo que me fez notar que os meus sentimentos tornam as coisas possíveis, fazem com que o meu mundo floresça neste Maya de tantos desafios e muitos sentimentos necessitados de auto estima, ativada pela inspiração de uma força derramada das estrelas, e faz com que a felicidade resida em um coração que não desiste de ser o amor e seus passeios, um coração que apenas procura alguns terrenos para plantar este sentimento que canta poesias em meu peito.

Se os caminhos estão difíceis e bloqueados impedindo a minha passagem, eu procuro um atalho para pisar neste mesmo barro seco ou molhado, ou talvez um outro caminho para continuar pisando e jogando as sementes que germinam sentimentos bacanas que falam sobre esta força na vida que incentiva o caminho do meio perante tudo.

Bom, vou ficando por aqui.

Um Sarava de Amor a Todos!

Meu Pai Velho...Eu te amo Muitooooo!!!

Obrigado pela força!

Suas bênçãos e obrigado pela paciência junto a mim, a luta continua linda e bela como sempre foi.


Por Carlos Junior